Cenóbio 3Data: 17/11/2010 a 17/12/2010 Cenóbio: “habitação de cenobitas, de monges; convento” Na origem, a palavra não se aplica a um espaço físico, mas a um modo de vida [do grego koinóbios: “que vive em comunidade”]. E, se hoje, o nome pode referir-se a qualquer tipo de habitação religiosa, na antiguidade era aplicado apenas àquelas comunidades a cujos membros, indistintamente, impõem um ritmo só, forçam uma unidade de tempo (comunidades idiorrítmicas: respeito aos ritmos individuais). A ideia de unidade de tempo forçada que a palavra, na origem, carrega, é o que estrutura o Cenóbio. Dois móveis unindo características distintas, um genuflexório e um divã, ambos servem de tela para duas projeções. A primeira exibe a imagem do rosto do indivíduo que estiver ajoelhado sobre o genuflexório, localizado no extremo oposto ao do encosto, e se projeta no topo da peça, no espaço equivalente à cabeça de quem se colocar deitado sobre o divã. Captada por uma câmera de vigilância posicionada em frente ao genuflexório, à altura aproximada de 1,5 metros, a imagem é transmitida diretamente e em tempo real, sem gravações ou edição. Em contrapartida a segunda projeção mostra uma edição em vídeo pré-gravada com a silhueta de um corpo cujo interior revela cenas aleatórias, recolhidas de doadores anônimos, em blogs e sites, e cuja metaforização seja estribada na suposta dicotomia entre sexo e religião. Ambos os projetores são afixados a uma distância de aproximadamente dois metros e posicionados de acordo com o alcance e capacidade de foco e amplitude do aparelho, de modo a encaixar corpo e cabeça sobre o móvel. As imagens da cabeça e corpo devem ser acomodadas à forma do divã simulando um corpo virtual ocupando aquele espaço. Concepção: Wellington Jr (Tutunho) e Edmilson Jr (Juin) Produção: Edmilson Jr (Juin), Tobias Gaede, João Vilnei, André Lopes (Jedi) Registro |