Réquiem – O BanhoData: 25/12/2009 Como última ação do “Réquiem para meus pais”, raspei todos os pelos do corpo e banhei-me. A ideia é, livre das marcas do passado, tornando o corpo uma matéria bruta, metaforizar a patética busca de constituir um novo eu. Sobre o “Réquiem para meus pais” No ano de 2009, desenvolvi, de início, solitariamente, e depois, em colaboração com o Projeto Balbucio e outros artistas uma série de trabalhos de natureza performática e instalativa que compuseram um réquiem (homenagem aos mortos). Depois da morte da minha mãe, especialmente depois que meus irmãos e eu tivemos de organizar os objetos pessoais deixados por ela. Ali, várias ideias me ocorreram. Resolvi então selecionar cinco ideias e fazer um “Réquiem para meus pais”. Tento refletir, a partir dos objetos pessoais dos dois, estes depositórios de memória afetiva, as idéias de vida e morte, eros e tanatos, dor, perda e renascimento. Parece mórbido ou arte de divã. Talvez seja tudo isso. E por que a (minha) arte deveria evitar tais questões? É estranho o modo como lidamos com a dor e a morte: negando-as. Todavia, nada é mais natural ao homem – não o fato de sentir dor ou morrer, coisa a que outras formas de vida também estão sujeitas –, mas a consciência delas. Concepção: Wellington Jr. (Tutunho) Categoria: Performance Assistência de direção: André Quintino, Chris Salas, Tobias Gaede Produção: Projeto Balbucio, Antonio Gilberto Ramos Nogueira, Neile de Oliveira Castro Lima Ensaios fotográficos: Analice Diniz, Antonio Gilberto Ramos Nogueira, Cândido Filho, Chris Salas, Iana Soares, Igor Gazianno, Janaina Ribeiro, Lara Vasconcelos, Wellington Jr. (Tutunho) Vídeos: André Quintino, Beatriz Furtado, Chris Salas, Francisco Peres, Tobias Gaede, Wellington Jr. (Tutunho) Webdesign: André Quintino, Cândido Filho, Rafael Salvador
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