Glossolalic Machine #1 – (plugged) Cenacula 3Data: 14/05/2009 Uma moeda em um porquinho de barro e Glossolalic Machine #1 (re)começa. Na grande sala de aula, cinco homens vestindo macacões industriais vermelhos e meias-calça roxa na cabeça, dispostos em círculo, reproduzem uma incrível vagina gigante composta por falos. A cada depósito de dinheiro, feito pelos alunos e participantes do congresso, um pulso glossolálico, uma língua estranha. É máquina tanto porque se estrutura a partir de um determinado instrumental tecnológico – iluminação, acústica, microfones, projetores, softwares – articulado ao corpo dos performers e às suas possibilidades expressivas, quanto porque o significado das máquinas glossolálicas só pode ser apreendido de modo global e sintético; um mínimo denominador comum resultante das possibilidades conotativas de cada um dos elementos postos em cena. Além disso, porque é a intervenção de um terceiro – o espectador – que faz como que a máquina funcione. E é glossolálica porque glossolalia é o que produzem. A voz como possibilidade expressiva da essência primeira de todas as coisas, antes da mediação imposta pelo simbólico entre a nossa consciência e o ser de cada coisa. Estruturada a partir da ideia de alegoria, a performance é, ao mesmo tempo, um rito de iniciação, de fertilidade, de integração entre sagrado e profano, masculino e feminino, lá e cá, um retorno ao mito e uma ácida crítica ao predomínio do pensamento tecno-racional e à reificação imposta ao campo do sagrado no mundo industrializado. Concepção: Wellington Jr (Tutunho) Produção: André Lopes (Jedi), Edmilson Jr (Juin), Wellington Jr (Tutunho), João Vilnei, Tobias Gaede, Chris Salas Roldan Registro |